Uma nova família de Gorilas de montanha, uma das espécies mais ameaçadas do mundo, está pronta para começar a interagir com turistas.
Lillian Nsubuga da Uganda Wildlife Authority disse: "Existe uma família de 13 indivíduos que tem vindo a ser habituada aos seres humanos".
Os especialistas começaram por acostumar a família, liderada pelo dorso-prateado Nduhura, em Outubro de 2006, quando uma das já habituadas famílias começou a dar sinais de se mover para junto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
A família do dorso-prateado Nduhura completou o processo de habituação que demorou dois anos, permitindo que este grupo suporte, dentro de um certo limite, a presença humana, até ao dia que o outro grupo cruza-se a fronteira. "O timing foi realmente perfeito," disse Hsubuga.
Os primatas em perigo de extinção trazem visitantes de todo o mundo até à floresta impenetrável do Uganda por um preço de 500 doláres americanos e são uma pedra angular da industria do turismo no Uganda.
Existem cerca de 350 gorilas de montanha a viverem no Uganda, metade da população mundial. A outra metade habita o Parque de Virunga, situado na RDC e no Ruanda.
"A população está estabilizada e pode aumentar," acrescentou Nsubuga. "Já para a população da RD do Congo, não posso ser tão optimista."
A instabilidade e violência no leste do Congo, tal como a cultura de comer carne de primatas e a caça furtiva, ameaçam as famílias de gorilas que vivem do outro lado da fronteira. Alguns indivíduos foram assassinados recentemente.
O percurso desde Kampala, capital do Uganda, até à floresta impenetrável de Bwindi, onde vive toda a população de gorilas de montanha, leva cerca de 13 horas.
Uma vez na floresta, os touristas podem caminhar horas por trilhos acidentados à procura de uma família. Depois de encontrada podem despender uma hora interagindo com os primatas.
"Demasiada comunicação com os humanos não é bom para estas populações," disse Nsubuga.
Actualmente, existem quatro famílias no Uganda que estão habituadas ao contacto com os seres humanos.
Publicada dia 3 de Outubro na AFP
Notícia original: http://afp.google.com/article/ALeqM5hYK8ugeIVyvS-qHrsdvvy6jmy5fQ