quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Nova espécie ameaçada de extinção

Se este macaco tem um olhar perplexo, poderá ser por causa da excitação que este tem causado entre os biólogos.
Um macaco uacari vive no noroeste da Amazónia. Até há pouco tempo pertencia a uma espécie desconhecida para a ciência, mas possui actualmente o nome científico, Cacajao ayresii, em honra do biólogo brasileiro Marcio Ayres, que foi pioneiro no estudo de uacaris.

Os uacaris são tradicionalmente associados às margens das florestas inundadas por rios, mas este indivíduo da foto foi descoberto numa área montanhosa do Pico de Neblina, região na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, longe dos seus parentes. A nova espécie tem uma distribuição muito restrita, afirma Jean-Philippe Boubli da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, que irá ser descrita na próxima edição do International Journal of Primatology. Desde que viva fora de uma zona protegida, esta espécie poderá ser caçada por pessoas locais, Boubli diz que deverá ser imediatamente considerada como uma espécie ameaçada de extinção.

Publicado dia 22 de Janeiro de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Documentários na TV

SIC

Domingo, dia 3 de Fevereiro
» 12:00 - BBC Vida Selvagem: Expedition Borneo «

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NATIONAL GEOGRAPHIC

Domingo, dia 3 de Fevereiro
» 05:20 - Babuínos Do Vale. Repetição às 09:30 «

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ODISSEIA

Domingo, dia 3 de Fevereiro
» 00:00 - Macacos Urbanos Da Índia. Repetição às 8:00 «

Investigador Português que admite uma pré-linguagem nos macacos recebe prémio ISPA

O investigador Ricardo-da-Costa recebeu recentemente o prémio de investigação do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) por um trabalho que revela que os macacos têm mecanismos cerebrais semelhantes aos que permitem a linguagem nos seres humanos.

O estudo “Toward an evolutionary perspective on conceptual representation: Species-specific calls activate visual and affective processing systems in the macaque”, de Ricardo Gil-da-Costa, investigador do Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia, nos Estados Unidos da América, e do Instituto Gulbenkian da Ciência, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.

O trabalho agora distinguido com o Prémio ISPA de Investigação em Psicologia e Ciências do Comportamento, que relaciona as disciplinas da psicologia e da neurobiologia, dedicou-se à análise das bases evolutivas do sistema de representação conceptual, ou seja, “as bases fisiológicas onde representamos mentalmente todos os conceitos que podemos imaginar, desde objectos, animais a interacções sociais, por exemplo”. Para saber como estão estruturadas as várias áreas cerebrais, os investigadores usaram métodos de imagiologia cerebral funcional, técnica que permite saber quais as áreas do cérebro que estão a processar determinada tarefa quando esta é exercida por um indivíduo, como ver, ouvir e memorizar, por exemplo. Esta técnica foi adaptada ao estudo de reacções do macaco rhesus, que tem um repertório de 10 a 12 vocalizações diferentes, associadas a diferentes eventos importantes e com um significado para estes macacos, que pode servir para estabelecer hierarquias, assinalar comida e avisar a presença de predadores.

Os investigadores obtiveram os mesmos resultados em macacos e em humanos.
“O que parece estar a acontecer é que, tal como em humanos, os macacos representam os conceitos de uma forma multimodal e distribuída e que representam o conceito de imagem como nós temos”, explicou o investigador à Agência Lusa.

O Prémio ISPA de Investigação em Psicologia Aplicada e Ciências do Comportamento distingue anualmente, desde 2003, com 2.500 euros o trabalho de um jovem investigador português, publicado nos três últimos anos numa revista internacional científica em Psicologia e áreas afins.

Fonte: Dica da Semana, 24 de Janeiro de 2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ferramenta Ancestral


Uma equipa de arqueólogos liderada por Julio Mercader da Universidade de Calgary descobriu a primeira jazida arqueológica de chimpanzés, um agrupamento de pedras em forma de martelo, que eram usadas pelos macacos há 4300 anos, para esmagar/abrir nozes.
Através da análise dos grãos de polén embutidos nas pedras, a equipa foi capaz de identificar cinco espécies de nozes, quatro das quais não são consumidas pelos humanos.
A descoberta mostra que a utilização desta ferramenta não era um comportamento aprendido pelos chimpanzés por observação directa dos agricultores que viviam na zona, como acreditam alguns cépticos. Mercader pensa que os seres humanos e os chimpanzés podem ter herdado a utilização de ferramentas de pedra de uma espécie ancestral de macaco, que viveu acerca de 14 milhões de anos.

Apesar do uso de uma pedra para esmagar uma noz poder parecer uma tarefa simples, Mercader vê as pedras como pistas para um comportamento muito mais complexo. "Há provas claras de que os chimpanzés compreendem que matérias-primas necessitam", diz ele, lembrando que os macacos preferem tipos de pedra duráveis, tais como quartzo ou granito. Saber onde encontrar pedras requer um bom planeamento e memória, na densa selva onde a visibilidade ronda os 40 pés.
O número de comportamentos que são exclusivamente humanos tem vindo a diminuir à medida que os cientistas sabem mais sobre os nossos primos primatas, mas produzir ferramentas de corte ainda parece estar para além da capacidade dos chimpanzés que vivem em estado selvagem.

Publicado dia 16 de Janeiro de 2008

Ofertas de Emprego

Assistants needed for ruffed lemur project in Ranomafana National Park,Madagascar, Stony Brook University

Research Assistants Needed for Gelada Monkey Research in the EthiopianHighlands, Dr. Peter Fashing (Pittsburgh Zoo & Carnegie Mellon University) &Dr. Nga Nguyen (Cleveland Metroparks Zoo & Case Western Reserve University)

UK based Translators, Great Ape Film Initiative

domingo, 27 de janeiro de 2008

Chimpanzés “dependentes de modelos comportamentais”

De acordo com um estudo da Universidade de St. Andrews, os chimpanzés são mais dependentes de “modelos” do que as crianças.


Cientistas do Grupo Escocês de Investigação em Primatas, comparam chimpanzés com 40 crianças de infantários do Condado Escocês de Fife.
Os investigadores descobriram que, tanto os chimpanzés como as crianças podiam aprender por si só com os resultados das suas acções, se a tarefa fosse simples. Contudo, a investigação mostrou que ao longo do tempo os chimpanzés apenas tinham este comportamento se o vissem repetido pelos seus companheiros de grupo.A investigação foi destinada a determinar se uma espécie emula, imita ou exibe uma simples forma de aprendizagem por observação.

PADRÕES COMPORTAMENTAIS

As experiências incluíram chimpanzés a observar um companheiro a actuar num ecrã para obter alimentos.

Drª. Lydia Hopper da Universidade de St Andrews, afirmou: "Isto dá-nos a primeira prova de que os chimpanzés, tal como as crianças, podem aprender com os resultados das acções por si só, se a tarefa for suficientemente simples.”"No entanto, ao contrário das crianças, ao longo do tempo os chimpanzés adaptavam-se ao que observavam, apenas se o mesmo comportamento fosse repetido por um companheiro de grupo."Estes resultados podem ter implicações ao nível da transmissão cultural de padrões comportamentais."

Publicado dia 9 de Janeiro de 2008
Notícia original:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/scotland/edinburgh_and_east/7178808.stm

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Ofertas de Emprego

Assistants needed for ruffed lemur project in Ranomafana National Park, Madagascar, Stony Brook University
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1059


Research Assistants Needed for Gelada Monkey Research in the Ethiopian Highlands, Dr. Peter Fashing (Pittsburgh Zoo & Carnegie Mellon University) & Dr. Nga Nguyen (Cleveland Metroparks Zoo & Case Western Reserve University)
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1053


UK based Translators, Great Ape Film Initiative
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1055

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ofertas de Emprego

Field Manager/Assistants needed for lemur project in Madagascar, New York University
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1050


Primate Keeper, Jungle Island
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1051

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Remédio para Chimpanzés: “Comer lama!”

Longe de ser um comportamento disfuncional, a geofagia evoluiu como uma prática para a manutenção da saúde entre os chimpanzés.

Neste estudo particular, a geofagia é sugerida como prática para aumentar a ingestão de plantas com propriedades anti-malária.
De acordo com Sabrina Krief , e colegas, do Muséum National d'Histoire Naturelle em Paris, a ingestão deliberada de solo, ou 'geofagia', tem importantes benefícios para a saúde dos chimpanzés.

Apesar de a geofagia ser generalizada em todo o reino animal, no ser humano é compreendida como um comportamento estranho, algumas opiniões ligam-na a questões de saúde mental.

O artigo analisa as consequências da ingestão de solo no estado de saúde dos chimpanzés, do Parque Nacional Kibale, no Uganda.

Os chimpanzés foram observados a ingerir solo pouco antes ou após consumir partes de plantas, tais como folhas de Trichilia rubescens, que, em laboratório, se provou terem propriedades anti-malária.

Usando a mesma área de trabalho, a equipa de investigação recolheu catorze amostras de solo que os chimpanzés ingeriam, bem como folhas de árvores jovens de T. rubescens. Seguidamente, os investigadores desenharam um modelo de digestão para replicar o processo digestivo da mastigação, digestão gástrica e intestinal. As propriedades bioactivas das amostras foram então analisadas. O solo e as folhas foram examinados tanto individualmente, como misturados.
As folhas digeridas não mostraram uma actividade significativa anti-malária. No entanto, quando as folhas e o solo foram digeridos em conjunto, a mistura possuía, claramente, propriedades anti-malária.
Os investigadores também compararam a composição de solo ingerido pelos chimpanzés, com o conteúdo de solo utilizado por um curandeiro local para tratar os pacientes com diarreia. Todas as amostras de solo eram ricas em minerais de argila, caulinita, que são a principal componente de alguns medicamentos antidiarreicos. Além disso, as amostras utilizadas por chimpanzés e pelos humanos tinham exactamente o mesmo aspecto exterior, foram recolhidas num lugar semelhante e mostraram um perfil físico e químico equiparáveis, indicando conteúdos semelhantes.

Com base nestas observações, Krief comentou: "Esta sobreposição usada pelos seres humanos e chimpanzés é interessante, tanto evolutiva como na perspectiva de conservação – salvar os primatas e as suas florestas também é importante para a saúde humana".
Krief e colegas afirmaram que a procura deste suplemento mineral, o comportamento induzido por stress e a procura dos efeitos antidiarreicos da argila, foram as razões pelas quais a geofagia, nos chimpanzés, foi observada durante o período do estudo. Eles propõem que a geofagia tem propensão para ampliar as propriedades farmacológicas das plantas e este é o principal motivo que leva os chimpanzés a ingerir solo.

Assim, concluem que a geofagia é uma prática para a manutenção da saúde nos chimpanzés, que pode explicar a razão da persistência deste grupo ao longo da evolução.

Journal reference: Krief S, Klein N & Fröhlich F (2008). Geophagy: soil consumption enhances the bioactivities of plants eaten by chimpanzees. Naturwissenschaften (DOI 10.1007/s00114-007-0333

Publicado dia 11 de Janeiro de 2008


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

II Encontro ZOO DE LAGOS – TIVOLI LAGOS

SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2008

Este evento destina-se a Angariação de fundos para a conclusão de uma instalação para chimpanzés

Local – Sala Lacóbriga do TIVOLI LAGOS

Jantar com Noite de Fados
€ 35 por pessoa

FADISTAS
Teresa Tapadas
Raquel Peters
Jorge Duarte
Maria da Saudade

MÚSICOS
Guitarra Portuguesa – Vítor do Carmo
Viola – José Santana
Baixo – Duarte Costa


PROGRAMA

19.30 – Breve apresentação do Zoo de Lagos como espaço de lazer e o seu trabalho na Educação e Conservação da vida selvagem. Director do Zoo de Lagos -Paulo Figueiras
19.45 – Estatuto dos chimpanzés ( Pan troglodytes ) “ in situ “ e principais ameaças. A problemática do tráfico e suas consequências. Drª Susana Costa – APP ( Associação Portuguesa de Primatologia )
20.15 – Início do Jantar
21.00 – Início da Noite de Fados

CONVIDADOS ESPECIAIS – Maria João Abreu ; Cristina Mholler e Paulo Sousa

sábado, 19 de janeiro de 2008

Cursos de Etologia em Primatas na Fundação Mona


A Fundação Mona (http://www.fundacionmona.org/) organizará durante o primeiro semestre de 2008 novas convocatórias de cursos de Etologia em Primatas. O objectivo fundamental destes cursos é estudar e compreender o comportamento dos primatas não humanos, não só numa vertente teórica mas também na prática. Assim, dedicaremos 43% do tempo da prática à observação etológica dos animais alojados no Centro de Recuperação de Primatas da Fundação Mona, e 57% à teórica.

Temos à disposição três níveis de formação: básica (nível 1), intermédia (nível 2) e avançada (nível 3). Não se poderão fazer os níveis 2 e 3 sem se ter completado os níveis inferiores.

A duração estimada de cada curso é de 15 horas (8,5 teóricas e 6,5 de práticas) distribuídas em dois únicos dias intensivos (Sexta e Sábado), que será levado a cabo a partir de Março de 2008. O horario será das 10h00 às 18h30. O preço da inscrição inclui pasta com caderno de campo, CD-ROM com material do curso e certificado de aproveitamento.

Próximas convocatórias, primeiro semestre de 2008 (Níveis 1 e 2):

Local da Formação:
Fundação Mona
Carretera de Cassà, 1km
17457 – Riudellots de la Selva, Girona
Espanha

Para mais informações e reservas:
Contactar: Miguel Llorente
E-mail: recerca@fundacionmona.org
Tel: 972 477 618

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ofertas de Emprego

Investigador, WI National Primate Research Center
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1048

Trabalho de Campo com Chimpanzés no Rwanda, Great Ape Trust of Iowa
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1049

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Espécie rara de Lémure nasce em zoológico

Uma espécie rara de lémure nasceu no Zoo de Bristol.

Com dois meses de idade, Raz, um aye aye e o segundo da espécie a nascer na Grã-Bretanha, ainda tem o tamanho da palma da mão do seu tratador.

O aye aye, perto da extinção no país de onde é originário, em Madagáscar, é uma espécie de lémure que parece um cruzamento entre um rato e um morcego.

A tratadora de pequenos mamíferos, no jardim zoológico, Caroline Brown, disse: “Tomámos a decisão de o criar à mão antes do nascimento, pois a mãe não tem tido muito sucesso com outras crias. Até agora esta a responder muito bem. Está a ganhar peso e parece forte. Os Aye ayes, enquanto crias, têm um desenvolvimento bastante lento e necessitam de um regime alimentar intensivo".

O primeiro aye aye nascido em cativeiro também é do Zoo de Bristol, em 2005, uma fêmea chamada Kintana. Uma vez que era uma espécie que se pensava estar extinta, o aye aye é classificado como ameaçado. Os especialistas dizem que podem haver menos de 1000 representantes desta espécie.

Publicado dia 8 de Janeiro de 2008
Notícia original:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/england/bristol/somerset/7177701.stm

Espécie de macaco ameaçada cresce em número

Um macaco Guizhou Golden Snub-nosed come uma abóbora no seu recinto em Fanjing Mountain no sudoeste da China na Província de Guizhou, 6 de Janeiro de 2008.


É um dos três tipos de macacos Golden Snub-nosed, uma espécie protegida, apenas encontrada na China. A população aumentou de 350 para 800 nos últimos 20 anos, mas o número ainda é menor do que o dos Pandas Gigantes.



Publicada dia 8 de Janeiro de 2008
Notícia original:
http://www.china.org.cn/english/environment/238535.htm

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Assistentes de Campo / Voluntariado

Sarah Martin, Estudante doutorada pela ULg (Universite de Liege) em colaboração com Primates Oglan.
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1045

Capuchinhos de Face branca - Costa Rica
Valerie Schoof, Estudante Doutorada, Universidade Tulane
Todas as informações em: http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/938

Cientistas descobrem diferenças culturais entre colónias de chimpanzés

O comportamento cultural socialmente adquirido, que se pensava ser exclusivo da espécie humana foi investigado em colónias de chimpanzés. Esta investigação/descoberta pertence a um grupo de cientistas da Universidade de Liverpool.

Historicamente, os cientistas acreditavam que as diferenças comportamentais entre colónias de chimpanzés eram devido a variações genéticas. No entanto, uma equipa de Liverpool descobriu que as variações de comportamento são estabelecidas por migrações de chimpanzés para outras colónias, provando que estes constroem a sua "cultura" de uma forma semelhante ao Homem.
O primatólogo, Dr. Stephen Lycett, explica: "Sabíamos que haviam diferenças comportamentais entre colónias de chimpanzés, mas ninguém sabia porquê. Considerou-se que os chimpanzés jovens desenvolviam determinadas características comportamentais a partir dos genes transmitidos através dos seus pais, mas não havia nenhuma evidência clara para apoiar tal facto. Foi também porque se pensava que o comportamento era determinado pela biologia, que se tornou evidente que os chimpanzés, não tinham uma "cultura" da mesma forma que os seres humanos.”

Ao analisar a forma como chimpanzés preparam os seus alimentos, a equipa de investigação descobriu que uma colónia utilizava ferramentas de pedra para partir nozes, enquanto outra colónia usava ferramentas de madeira. Eles descobriram estes métodos de preparação de alimentos disseminados por 4.000 km, desde a África Oriental à África Ocidental, durante os mais de 100,000 anos. A equipa também encontrou este facto comprovado em outras técnicas, tais como grooming = “catar”. A investigação sugere que a variabilidade comportamental é devido ao modo de como os chimpanzés socializam, em vez, tal como se pensava anteriormente, da genética.
Para investigar a teoria, os investigadores, construíram uma árvore evolutiva do comportamento do chimpanzé da África Oriental e da África Ocidental, bem como uma árvore genealógica. Tiveram que esperar para encontrar padrões genéticos partilhados com semelhanças comportamentais. Em vez disso, descobriram que alguns chimpanzés partilhavam semelhanças comportamentais com aqueles que eram geneticamente diferentes deles.

O Dr. Lycett, acrescentou: "Isso explica por que razão algumas colónias, por exemplo, usam métodos semelhantes para encontrar comida, adoptando certos comportamentos e adaptam métodos diferentes consoante o seu meio ambiente. Neste sentido, podemos ver pela primeira vez que a cultura existe nos nossos parentes mais próximos.”


Publicado dia 7 de Janeiro de 2008
Notícia original: http://www.physorg.com/news118938340.html

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Conferência Internacional - Comportamento e Individualidade em Primatas e outros Mamíferos



Auditório Agostinho da Silva, Universidade Lusófona, Lisboa, 17-18 Março de 2008

A Conferência Comportamento e Individualidade em Primatas e outros Mamíferos tem lugar no âmbito das actividades comemorativas do 6º aniversário do BioCEL - o Núcleo de Estudantes de Biologia da Universidade Lusófona. Esta conferência, organizada pelo BioCEL e membros do corpo docente do Grupo de Biologia, destina-se tanto a estudantes como profissionais.

A conferência pretende lançar um debate criativo para a investigação futura num tópico que é relativamente jovem - o estudo da variação interindividual no comportamento animal. À medida que vamos conhecendo melhor cada espécie, a individualidade torna-se também mais saliente e acumulam-se os dados que a suportam.

Temos o privilégio de ter como oradores convidados, especialistas que se encontram activamente a desenvolver investigação na área da personalidade e individualidade comportamental de primatas, que nos falarão dos seus métodos, descobertas mais recentes e perspectivas futuras de investigação.

Convidamo-lo a divulgar também o seu trabalho de investigação em tópicos afins a esta conferência, submetendo abstracts para comunicações em poster e apresentações em vídeo

A conferência terá sessões de vídeo/posters e uma exposição e concurso de fotografia. Haverá um prémio para o melhor vídeo (mini-documentário) e para o estudante com o melhor poster

Para mais informações queira ver a página da conferência na internet: http://behavior-individuality.blogspot.com/

Ou contacte-nos para o seguinte e-mail: behav.individuality@ulusofona.pt


BOLETIM DE INSCRIÇÃO EM PORTUGUÊS:
http://h1.ripway.com/biolusofona/fichaBehavIndiv2008Português.pdf

Por favor, agradecemos o seguimento da divulgação da conferência.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Introdução- Ecologia, Investigação & Conservação

Toda a biodiversidade do nosso planeta é muito importante, mas existem claramente determinados grupos de espécies e um pequeno número de ecossistemas particularmente ricos - os trópicos, que merecem especial atenção. Entre esses grupos estão os primatas não humanos - lémures, lóris, gálagos, társios, pequenos e grandes primatas. Estes animais podem ensinar-nos muito sobre a nossa espécie e evolução. Têm tido um papel importante em muitos tipos diferentes de investigação com vista a uma melhor compreensão da nossa saúde, do nosso comportamento, da nossa língua, e da nossa posição única no reino animal.

A investigação em primatas tem um valor intrínseco muito relevante para a investigação sobre a ecologia tropical.
Cerca de 90% de todos os primatas são encontrados nas florestas tropicais, os mais ricos e diversificados ecossistemas terrestres. Os primatas ocupam um papel importante nestes habitats como dispersores de sementes, predadores de sementes, e mesmo polinizadores. O conhecimento da sua importância ecológica nas florestas tropicais aumentou muito nos últimos anos. Infelizmente, as populações selvagens de primatas não humanos estão ameaçadas em todos os 92 países em que ocorrem, com alguns dos problemas mais graves nos países com mais diversidade, entre eles: Brasil, Colômbia, Madagáscar, Indonésia, China e Vietname. Os primatas são ameaçados pela destruição das florestas e de outros habitats naturais, pela caça para consumo e captura para exportação (que diminuiu consideravelmente nos últimos anos).

Quase metade das 250 espécies de primatas são consideradas uma preocupação de conservação pelo Grupo Especialista em Primatas da Comissão de Espécies para a Sobrevivência (SSC) da União Mundial da Conservação (IUCN), e uma em cinco espécies é classificada, ou como ameaçada ou criticamente em perigo, o que significa que, sem programas de protecção e conservação os primatas estariam extintos nas próximas duas décadas. No último século não se registou nenhuma extinção, o que é um excelente registo em comparação com outros grupos de vertebrados.

A fim de evitar a extinção de uma percentagem significativa dos nossos parentes primatas, uma variedade de acções são necessárias, sobretudo para obter mais protecção para os primatas e melhores informações. Ainda há lacunas em questões básicas de taxonomia e distribuição geográfica da maioria das espécies de primatas, e novos táxons continuam a ser determinados através de revisões taxonómicas de espécimes de museus ou pela descoberta no estado selvagem. Os exemplos mais marcantes das novas descobertas ao longo das últimas décadas têm sido em Madagáscar e no Brasil.

Em Madagáscar duas novas espécies distintas, Hapalemur aureus e Propithecus tattersalli, foram descobertas e descritas na segunda metade da década de 80, e uma terceira espécie, Microcebus myoxinus, foi descrita há mais de 100 anos atrás e posteriormente esquecida. Foi "redescoberta" em 1993 e é agora reconhecida como a espécie mais pequena de primatas existente. No Brasil o registo é ainda mais evidente, com cinco novas espécies a serem descobertas e descritas desde 1990 (Callithrix mauesi, C. nigriceps, C. saterei, Leontopithecus caissara, e Cebus kaapori). Para além destas descobertas, em quase todas as expedições obtêm-se novas informações significativas sobre distribuição, ecologia e estado de conservação.

Consequentemente, a investigação em primatas, em muitas das suas formas mais elementares, está ainda nos seus primórdios.

Fonte: Introdução do livro: The Pictoral Guide to the Living Primates.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Apresentação do Blog Macacologia


Macaco-aranha do Peru

Fonte: Revista National Geographic Dezembro 2007.

Esta excelente fotografia retrata o aparecimento de mais um blog! Este dedicado ao mundo selvagem da macacada – Os Primatas! Escrevo este blog, não por haver poucos, mas por não haver nenhum blog em Portugal sobre primatologia. Mas a razão principal é por esta ser a área de investigação que mais me fascina. Faço-o por aprendizagem própria e para poder partilhar com todos os interessados.

Os principais objectivos deste blog vão ser:
- Descrição de 234 espécies, actualmente conhecidas, com base no livro: The Pictorial Guide to the Living Primates de Noel Rowe. Quando terminar já terão aparecido mais algumas, mas este é o longo trabalho de aprendizagem a que me proponho.

- Notícias do mundo da Primatologia: novidades, documentários, reportagens, entre outros.

- Divulgação de projectos desenvolvidos pelas várias instituições internacionais, oportunidades de emprego/voluntariado, congressos/conferências nacionais e internacionais.

Espero obter feedback e se tiverem algum comentário a fazer enviem para: macacologia@gmail.com


Obrigado!