terça-feira, 27 de maio de 2008


quarta-feira, 21 de maio de 2008

Macaco-Coruja-de-Pescoço-Cinzento-do-Norte

Super-família Ceboidea; Família Cebidae; Sub-família Aotinae

Aotus trivirgatus


Características distintivas:
Esta espécie possui um pescoço cinzento, a zona ventral é de cor amarelo-pálido, possui marcas brancas e pretas à volta dos olhos e uma cauda cinzenta não-preênsil. A zona posterior do corpo do macaco apresenta uma variação de cor, de cuti a castanho.


Características Físicascabeça e comprimento do corpo: Fêmeas - 341mm (300-350); Machos – 346mm (296-420) comprimento da cauda: Fêmeas – 373mm (290-440); Machos – 354mm (250-430). peso: Fêmeas – 920g; Machos – 950g. índice intermembranal**: 74. peso cerebral do adulto: 18.2g.


Habitat:
Primário e secundário, desde a floresta tropical até à floresta seca.

Dieta:
Fruta, flores, folhas, insectos.


História de Vida:
(me=meses)
(d=dias)
(a=anos)

Gestação: 120d. Intervalo entre nascimentos: 5.53-13.97me. Longevidade: 20a. Prole: 1 indivíduo na primavera.


Locomoção:
Quadrúpede.


Estrutura Social:
Monogâmicos – 1macho para 1 fêmea em grupos com outras famílias. Tamanho do grupo: 2-5. Extensão do território: 10ha. Distância percorrida por noite: NA*.


Comportamento:
Nocturno e Arbóreo. Os macacos-coruja são activos na metade superior das florestas mas preferem habitats com videiras. Nesta espécie verifica-se a monogamia, o que é raro observar em mamíferos. Estas espécies são susceptíveis à malária e têm sido utilizadas em laboratório para estudar os vírus da malária e do herpes. Os macacos nocturnos deste género, Aotus, têm os maiores olhos em comparação com outro primata da América do Sul. Os olhos destas espécies estão adaptados à visão nocturna.
Marcas odoríferas: usam as secreções de urina e glandulares mais para a comunicação inter-grupo do que para a comunicação sexual.
Vocalizações: 6. o chamamento de alarme é um click metálico suave com grunhidos suaves. Nas noites de lua estes macacos emitem pios de 2-4 sílabas semelhantes aos das corujas – daí o seu nome comum.
Local para pernoitar: emaranhados dos troncos das videiras e buracos das árvores.

* não atribuído.
** é um valor conseguido através da proporção do comprimento dos membros anteriores aos membros posteriores. Esta informação é importante para paleontólogos, que só podem fazer a inferência sobre o comportamento dos animais fósseis que encontram. Todos os primatas estão numa escala de 50 para 150. O índice intermembranar indica o tipo geral de locomoção.

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Fotos: Em cima - Macacos-Coruja da sub-espécie Aotus griseimembra; em baixo - Macaco-Coruja-de-pescoço-Cinzento-do-Norte (Aotus trivirgatus).

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Fonte bibliográfica e fotográfica: ROWE, Noel; The Pictoral Guide to the Living Primates; Pogonias Press; 1996; Charlestown, Rhode Island, USA.Fonte bibliográfica: ROWE, Noel; The Pictoral Guide to the Living Primates; Pogonias Press; 1996; Charlestown, Rhode Island, USA.

#3

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Documentários na TV


Quinta, dia 22 de Maio
» 05:20 - O Predador E A Presa: Babuínos «
Repetição às 16:10.




Quarta, dia 21 de Maio
» 18:00 - África Extrema: Gorilas De Udzungwa «
Repetição dia 22 às 02:00 e às 10:00.


Sábado, dia 24 de Maio
» 05:00 - Convivendo Com Crias: Gorila «
Repetição às 13:00.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Os Chimpanzés Conseguem Falar?

Os seres humanos podem ser os grandes comunicadores do mundo natural mas dificilmente somos ou seremos os únicos!
A grande maioria dos animais comunica através de sinais sexuais e agonísticos. As flores cortejam abelhas através de odores e cores, enquanto as bactérias podem decidir quando são suficientes no nosso organismo e começarem a pôr-nos doentes. Olhar para estes sistemas de comunicação simples fornece aos cientistas algumas pistas de como a nossa própria linguagem evoluiu. Não é de estranhar que os cientistas tenham focado o seu estudo nos nossos parentes mais próximos, os chimpanzés. Os primatologistas passaram anos a observá-los, em florestas africanas e em jardins zoológicos. E com isto viram e ouviram bastante. Os chimpanzés vaiam, gritam gritos de apoio, agitam ramos, batem palmas e tocam tambor nas árvores.

Durante algum tempo, os primatologistas prestaram mais atenção à expressão gestual dos chimpanzés do que à sua expressão facial. Os sons emitidos por chimpanzés pareceram conter um pouco mais do que respostas emocionais sem muito significado ou intenção. Mas os cientistas foram surpreendidos pela riqueza do vocabulário gestual utilizado pelos chimpanzés. Especialmente provocante, foi o facto de os chimpanzés usarem certos gestos só em certas situações – por exemplo, na tentativa de adquirir a atenção de outro chimpanzé, ou para brincar, ou o início de uma luta. O facto de os gestos não surgirem ao acaso indica que estes possuem algum significado.

Esta pesquisa ajudou a apoiar a teoria que a linguagem humana tem as suas raízes não no discurso, mas nos gestos. Os cientistas que favorecem esta teoria apontam para o facto de que os macacos têm neurónios especiais que traçam o movimento das mãos. Estes, chamados "neurónios espelho" podem ter dado aos macacos a capacidade mental necessária para reconhecer diferenças subtis entre diferentes gestos. Este sistema de comunicação poderá ter-se tornado mais complexo depois da separação dos nossos antepassados humanos dos restantes primatas, há cerca de 6 milhões de anos. Só depois este argumento torna-se-á válido, com a ligação do complexo circuito cerebral em humanos para a leitura de gestos, adquirindo a capacidade de retransmitir, em humanos, no processo do discurso .

Num novo estudo divulgado em Outubro de 2005 passado no jornal Current Biology, Katie Slocombe e Kaus Zuberbuhler, dois primatologistas da Universidade de St. Andrews na Escócia, investigaram uma determinada vocalização efectuada por chimpanzés quando encontravam comida, chamada "grunhido brusco". No jardim zoológico de Edimburgo, os cientistas alimentaram os chimpanzés com duas comidas diferentes - maçãs e pão - e registaram os sons que eles fizeram. Os chimpanzés mostraram preferência pelo pão e Slocombe e Zuberbuhler descobriram uma diferença correspondente nos grunhidos que eles fizeram para cada comida. Eles vocalizam muito alto quando encontram pão, mas observou-se que usam grunhidos mais baixos e mais barulhentos para as maçãs.

Para observar se os chimpanzés podem vocalizar a diferença, Slocombe e Zuberbuhler montaram uma experiência. Eles pregaram um par de tubos ocos nas paredes da cerca dos chimpanzés e carregaram-nos com quatro conteúdos. Cada dia, eles abriram os tubos com um puxão de uma corda, deixando cair os conteúdos num recipiente. Isto permitia que os chimpanzés saíssem de uma sala interna. Invariavelmente à frente da linha ia sempre um macho ansioso de 5 anos chamado LB. LB corria e descia por uma escada que dava acesso ao recipiente, sendo seguido por outros chimpanzés. O chimpanzé descobria então que só um dos oito conteúdos continha comida - maçãs ou fatias de pão. Mais ainda, um tubo só continha maçãs e outro pão.

Depois de darem aos chimpanzés seis semanas para aprenderem este padrão de respostas, Slocombe e Zuberbuhler alteraram a experiência. Agora eles registaram os grunhidos quando eles deixavam cair comida para o recipiente. Durante alguns dias, gravaram os grunhidos correspondentes à maçã e os do pão. Por fim, eles filmaram LB para ver se os sons produzidos alteravam o seu comportamento.

O que eles fizeram acabou por ter resultados. Primeiro, LB parava por poucos segundos na escada que dava acesso à sala da comida para ouvir os sons. Se ele ouvisse os grunhidos para o pão, ele iria levar mais tempo a observar os conteúdos que cairiam do tubo do pão. O mesmo se passava quando ele ouvia os grunhidos para as maçãs, despendendo mais tempo no tubo correspondente. Com este estudo Slocombe e Zuberbuhlers provaram que as vocalizações têm significado para os chimpanzés.

Isto não é para dizer que um grunhido alto significa, "Hey, aqui há pão!" Pode ser apenas um impulso espontâneo. Mas o chimpanzé LB foi “sintonizado” para grunhidos bem conhecidos, para perceber que comida deveria procurar. Slocombe e Zuberbuhler argumentaram que estes resultados chamam atenção para a questão da origem da linguagem.

Mesmo que Slocombe e Zuberbuhler estejam correctos, os “neurónios espelho” podem ter desempenhado um papel importante na evolução da comunicação. Eles poderiam ter fornecido o estímulo mental necessário para dar significado aos sons primários. Em primeiro lugar, os neurónios espelho são bons para representar acções - que, de um modo abstracto, é o que as orações fazem. E pode-se constatar que algumas regiões onde os macacos possuem os neurónios espelho correspondem a áreas do cérebro humano da linguagem gestual. Estes neurónios também estão ligados à habilidade de compreendermos as intenções dos outros seres humanos - algo que os chimpanzés podem fazer abertamente e em absoluto.


Publicada dia 21 de Fevereiro de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

CURSOS ETOLOGÍA DE PRIMATES: ÚLTIMAS PLAZAS DEL AÑO


Os informamos que en caso de que esteis interesados aún disponemos de las últimas plazas libres para los cursos de Etología de Primates Nivel 1 y Nivel 2 del primer y segundo semestre de 2008 de FUNDACIÓN MONA. Os informamos que las últimas convocatorias de este año 2008 seran los próximos meses de julio y agosto. En total habremos ofertado 130 plazas durante todo el 2008, 33 más que durante 2007.

Los cursos se retomarán el próximo mes de marzo de 2009, y ya comenzaremos a impartir el nivel 3.

NIVEL 1: Convocatoria del 23-24 de mayo: 4 plazas libresConvocatoria del 20-21 de juny: no hay plazas disponiblesConvocatoria del 25-26 de julio (ÚLTIMA CONVOCATORIA DE NIVEL 1 DE 2008!!): 15 places lliures

NIVEL 2: Convocatoria del 30-31 de maig: 3 plazas libresConvocatoria del 27-28 de juny: 3 plazas libresConvocatoria del 1-2 d'agost (ÚLTIMA CONVOCATORIA DE NIVEL 2 DE 2008!!): 15 places lliures

Para más información y reservas: recerca@fundacionmona.org ; 972 477 618

Miquel Llorente

Unitat de Recerca i Laboratori d'Etologia Centre de Recuperació de Primats
FUNDACIÓ MONA
Carretera de Cassà, km1 17457 - Riudellots de la Selva, Girona Spain
Telf.: 00 34 972 477 618

Gorilas em Zona de Guerra

O Parque Nacional de Kahuzi-Biega albergou em termpos cerca de oito mil gorilas-da-planície-oriental, a maior concentração destes raros primatas. A guerra civil da República Democrática do Congo, iniciada em 1998, apanhou num fogo cruzado os gorilas e os guardas do parque que os protegiam. A caça furtiva pela carne e por dinheiro, combinada com a fragmentação do habitat, reduziu 70% da população total de gorilas-da-planície-oriental. Alguns guardas foram feridos, raptados e assassinados, e até as suas famílias foram alvo de facções armadas que continuam a percorrer a região quatro anos após o fim oficial da guerra. Por fim, os combates diminuíram e os guardas começaram a fazer um levantamento mais concreto dos gorilas sobreviventes.

Um raro gorila-da-planície-oriental na Leste do Congo


As notícias procedentes do parque são animadoras: o mais recente censo encontrou 170 gorilas, mais do que os 130 identificados em 2000. Os guardas começaram também a aventurar-se pelas zonas mais baixas do parque para tentar contar o que deve ser o maior grupo de sobreviventes. Continua a ser um trabalho perigoso, diz Carlos Schuler-Deschryver, investigador ao serviço de uma organização alemã que ajuda a financiar o parque. "Todos os dias há ataques contra guardas." - Karen E. Lange

Fonte das imagem: http://veja.abril.com.br/180899/imagens/internacional1.gif ; http://ngenespanol.com/wp-content/uploads/2007/10/dic06vidasalvajeart.thumbnail.jpg


in National Geographic Portugal, Maio 2008

terça-feira, 13 de maio de 2008

A Compreensão da Evolução dos Primatas pode ajudar na Investigação em HIV

A evolução encaixa-se e começa quando as espécies são moldadas através de mutações genéticas aleatórias que as podem ajudar a sobreviver ou mesmo acelerar a sua extinção. Mas apesar de as mutações ocorrerem por mudanças, o processo pode criar surpreendentemente resultados semelhantes. Uma nova investigação providenciou um exemplo em que a evolução não resultou apenas em dados similares – repetindo-se duplamente no mesmo caminho. Cientistas da Universidade de Rockfeller e do Centro de Investigação de AIDS Aaron Diamond, demonstraram que a mesma mutação ocorreu duas vezes, em duas espécies de macacos que vivem em lados opostos do planeta. E enquanto a mutação evoluiu independentemente em cada caso, em ambas as espécies tem um papel distinto em como os animais afastam a doença.

Alguns anos atrás, os investigadores descobriram um gene chamado TRIM5 que permite à maioria dos primatas inibir o vírus imunodeficiente humano e outros retrovírus, que usam a transcriptase reversa para se inserirem no genoma dos hospedeiros. É de sublinhar que o TRIM5 existe em todos os primatas, incluindo humanos, e este está envolvido numa rápida evolução com os retrovírus: cada espécie possui um TRIM5 específico que evoluiu para “desviar” os retrovírus, e cada retrovírus sofreu mutações para invadir hospedeiros específicos. Uma alteração particular foi a inserção de uma proteína chamada ciclofilina no gene TRIM5 dos macacos–coruja criando a proteína híbrida TRIMcyp, que possui a capacidade de bloquear o vírus HIV. Recentemente, um estudo publicado online pela Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que nos macacos-cauda-de-porco a mesma proteína inserida no mesmo local do genoma tem o resultado oposto – curiosamente estes macacos são vulneráveis ao vírus.

Paul Bieniasz, descobriu a susceptibilidade de diferentes espécies de macacos através da análise de celulas e da consequente reacção ao vírus HIV e outros retrovírus. A diferença destas duas espécies em destaque foi surpreendente!

Primeiro, eles determinaram que as células dos macacos-cauda-de-porco conseguem combater outros retrovírus, como os dos símios e felinos. Depois, Bieniasz e Hatziioannou adicionaram ciclosporina, uma droga que interage com a ciclofilina, à equação e observaram para ver se as células dos cauda-de-porco eram afectadas nas interacções virais. Esta droga é conhecida por superar a capacidade da TRIMcyp dos macacos-coruja no combate contra os vírus. Seguramente, a cicloporina afectou a capacidade da ciclofilina para combater os retrovírus dos símios e felinos. “Isto sugere que nestes macacos existe, provavelmente, uma proteína como a TRIMcyp dos macacos-coruja,” diz Hatziiannou.

Os investigadores isolaram o gene TRIM5 dos macacos-cauda-de-porco e descobriram que, como nos macacos-coruja, os cauda-de-porco têm também a ciclofilina inserida no gene TRIM5, embora tenha sido descoberto numa localização ligeiramente diferente. Não apenas isso, mas constataram que existe um aminoácido modificado na ciclofilina dos cauda-de-porco, uma pequena alteração que dita se os macacos conseguem inibir ou não o HIV.

O que surpreendeu ainda mais os investigadores é que o TRIMcyp está presente em espécies de macacos que evoluíram em diferentes continentes. Os macacos-cauda-de-porco vivem principalmente no Sudeste Asiático e os macacos-coruja só existem na América Central e do Sul. “Isto indica que ocorreu um evento evolucionário improvável, não uma mas duas vezes, em duas espécies de primatas separadas por cerca de 35 milhões de anos,” diz Bieniasz. “Este é um exemplo notável de evolução convergente, sublinhando a grande pressão selectiva que pode ser aplicada pelos retrovírus.” Não só isso, mas a sua constatação tem potencial para orientar os investigadores em direcção a um modelo animal efectivo de infecção por HIV – algo que a área actualmente carece.

Publicada dia 27 de Fevereiro de 2008

domingo, 11 de maio de 2008


terça-feira, 6 de maio de 2008

Macaco Capuchinho Castanho

Super-família Ceboidea; Família Cebidea; Sub-família Cebinae
Cebus apella

Características Distintivas:
No topo da cabeça desta espécie pode-se observar, na maioria das vezes, dois tufos de cabelo preto. Os ombros apresentam uma coloração mais clara que o resto do corpo, variando de castanho claro a castanho escuro. O padrão da cor da face varia com as várias subespécies. As mãos e os pés são pretas. A cauda preênsil(1) é escura na ponta.


Características Físicas:
comprimento da cabeça e do corpo: 350-488mm
comprimento da cauda:
375-488mm
peso: Fêmeas (1370-3400g); Machos (1300-4800g)
índice intermembranal*: 82
peso cerebral do adulto: 71g


Habitat:
Floresta húmida primária e secundária até às terras baixas junto aos rios, habitando àreas até aos 2700m.

Dieta:

Fruta, 66%; Sementes, 25%; Medula de plantas, 7%; Néctar, 1%; Presas animais, incluíndo insectos, pássaros, ovos, répteis, morcegos e mamíferos com um peso máximo de 900g. Estes capuchinhos comem 96 espécies de frutos. A medula da palmeira Scheelea é um alimento chave durante a estação seca, quando a fruta escasseia.


História de Vida:
(me=meses)
(d=dias)
(a=anos)

Infantil: 6me. Desmame: 12me. Juvenil: 6-24me. Sub-adulto: 24-42me. Maturação sexual: fêmeas - 84me, machos - 56me. Ciclo menstrual: 18d. Gestação: 149-158d. Idade das fêmeas no 1º nascimento: 42me. Intervalo entre nascimentos: 22me. Longevidade: 40a. Os nascimentos ocorrem de Outubro a Janeiro. Prole: 1.


Locomoção:
Quadrúpede, saltando 3-4m.


Estrutura Social:
Grupos com igual número de machos e fêmeas. Um macho dominante em relação a todos os outros. Os machos jovens podem formar sub-grupos.

Tamanho do grupo: 8-14 indivíduos. Extensão do território: 25-40ha, até 355ha. Distância média percorrida por dia: 2000m.

Comportamento:

Diurno e arbóreo.

Estes capuchinhos são muito inteligentes e curiosos. Tem sido hipotetizado que a intelegência das espécies esta associada à forma como estas procuram alimento. A procura de alimentos difíceis de encontrar que estão disponíveis por um curto período de tempo, como os insectos, e frutas, requere um cerebro maior e alimentos mais energéticos para o manter. Estes animais apresentam um comportamento de submissão através de exibição genital e das sobrancelhas levantadas. O macho alpha responde aos predadores aéreos emitindo vocalizações altas e permanece visível enquanto o resto do grupo foge. Quando dois grupos se encontram numa arvore com alimento, os machos dominantes lideram o ataque; existindo pouca agressão entre os elementos dos grupos. O macho dominante defende os juvenis que provavelmente são a sua prole mas é agressivo para aqueles que nasceram antes da sua titularização como macho dominante do grupo. Os capuchinhos caçam e capturam rãs que vivem nos caules dos bambos e os caçadores raramente partilham a sua presa com infantis ou outros elementos do grupo. É comum o cuidado dos infantis por outros elementos do grupo que não os seus progenitores. Os Capuchinhos não se reconhecem ao espelho. Estes macacos têm sido treinados para executar tarefas com os quatro membros.

Associação: Os capuchinhos castanhos associam-se com capuchinhos de face frontal branca (C. albifrons) compartilhando o recurso da alimentação de frutas durante a estação seca. Associam-se com os Saquis barbudos de nariz branco (Chiropotes albinasus), ocasionalmente com os Saquis brancos (Pithecia albicans), e já foram reportadas associações com os Uacaris de cabeça preta (Cacajao melanocephalus). É comum os capuchinhos castanhos serem seguidos por grupos de macacos esquilo comum (Saimiri sciureus).

Acasalamento: Durante os primeiros dois-terços do ciclo menstrual as fêmeas seguem constantemente o macho alpha, solicitando-o usando diferentes chamamentos, expressões faciais e posições. O macho copula uma vez por dia. Nos últimos dois dias do ciclo, o macho dominante "guarda" a fêmea dos machos subordinados.

Quando esta fase de "guarda" termina, a fêmea copula muito rapidamente com outros machos do grupo.

Marcação por odor: Cada indivíduo mantém uma identidade olfactiva através da urina e do pêlo, deixada nas palmeiras. Assim as fêmeas podem detectar os machos que atingiram a maturidade sexual para acasalar. Os machos não monitorizam as fêmeas.

Vocalizações: As chamadas de alarme são comuns quando são avistados grandes predadores. Na Guiana Francesa, a águia harpia preda o macaco capuchinho, é a sua segunda presa mais comum.

Sítio para dormir: As palmeiras são as suas favoritas.


*é um valor conseguido através da proporção do comprimento dos membros anteriores aos membros posteriores. Esta informação é importante para paleontólogos, que só podem fazer a inferência sobre o comportamento dos animais fósseis que encontram. Todos os primatas estão numa escala de 50 para 150. O índice intermembranar indica o tipo geral de locomoção.

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Fotos: De cima para baixo » Subespécies de Capuchinhos Castanhos: Em cima à esquerda: C. a. apella; à direita: C. a. nigritus; ao centro: C. a. libidinosus; em baixo: C. a. xanthosternos, proposta como subespécies válida em 1995, está em perigo crítico de extinção. Mais em baixo e última foto: um macaco capuchinho castanho procura insectos num tronco morto.

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Glossário
(1) Preênsil - toda a estrutura, como cauda, dedos, artículações, língua, etc, capaz de agarrar alguma coisa.

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Fonte bibliográfica: ROWE, Noel; The Pictoral Guide to the Living Primates; Pogonias Press; 1996; Charlestown, Rhode Island, USA.Fonte bibliográfica: ROWE, Noel; The Pictoral Guide to the Living Primates; Pogonias Press; 1996; Charlestown, Rhode Island, USA.

#2

Ofertas de Emprego - Maio 2008

Field Assistant/Volunteer, Stony Brook University Doctoral Student
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1196
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Research technician, University of Chicago
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1192
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Research Technician, HHMI/Stanford University
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1194
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Chimpanzee Volunteer, Stichting Aap Chimpanzee Department
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1195
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Special Collections Librarian, WI National Primate Research Center
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1197
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Animal Behaviourist, 26 hours a week, AAP sanctuary for exotic animals
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1198
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Research Specialist - Assay Services, WI National Primate Research Center
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1199
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Veterinary Technician, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1200
-----------------------------------------------------------------------------
Study Coordinator, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1201
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Primate Caregiver, Wildlife Care Center of Belize
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1202
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Two Baboon field Assistants required, Louise de Raad, PhD student, Durham University in collaboration with Lajuma Research Centre in South Africa
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1203
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Environmental Enrichment Associate I, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1204
-----------------------------------------------------------------------------
Laboratory Technician, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1205
-----------------------------------------------------------------------------
Institute for the Conservation of Tropical Environments Study Abroad in Madagascar, Stony Brook University
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/271
-----------------------------------------------------------------------------
Research Assistant, Khao Yai Gibbon Project, Deutsches Primatenzentrum (DPZ), Leibniz-Institute for Primate Research
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1206
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Primate Research Lab Technician, The University of Chicago
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1207
-----------------------------------------------------------------------------
Darwin 200th monitoring and communicating biodiversity, Limbe wildlife centre
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1208
-----------------------------------------------------------------------------
Clinical Veterinarian, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1210
-----------------------------------------------------------------------------
Veterinary Technician, SNBL USA, Ltd.
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1211
-----------------------------------------------------------------------------
Volunteer - Sanaga-Yong Chimpanzee Rescue Center, In Defense of Animals-Africa
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1212
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Baboon Behaviour and Physiology Field Assistant, George Washington University
http://pin.primate.wisc.edu/jobs/listings/1213

Documentários na TV


Quarta, dia 7 de Maio
» 07:00 - Vida Selvagem Com Hayden Turner: Macacos «
Repetição às 12:50.


Sexta, dia 9 de Maio
»22:35 - Resgate De Chimpanzés 1 «


Sábado, dia 10 de Maio
» 13:40 - O Símio Humano «


Domingo, dia 11 de Maio
» 05:20 - A Ilha dos Macacos «

» 20:00 - A Genialidade Dos Símios «




Terça, dia 6 de Maio
» 20:00 - A Genialidade Dos Símios «
Repetição dia 7 às 09:00 e às 14:00.


Quarta, dia 7 de Maio
» 21:00 - 3 D Odisseia: Macacos Urbanos Da Índia «
Repetição dia 8 às 09:00 e às 14:00.



Sábado, dia 10 de Maio
» 12:00 - Nosso Mundo: Wild Indonesia «