Estudos recentes com animais modelos, descobriram uma proteína cerebral com potencial para abrandar ou parar a progressão da doença de
Alzheimer.
O
córtex cerebral
entorrinal, que suporta a memória, produz
normalmente um factor
neurotrópico (
BDNF); contudo, esta produção diminui com a presença da doença de
Alzheimer. Quando os investigadores injectaram
BDNF em animais de laboratório com lesões no
córtex entorrinal ou que foram geneticamente modificados para terem sintomas da doença de
Alzheimer, descobriram que esses animais desenvolveram memória e capacidades
cognitivas e a degeneração e morte celular foi prevenida ou revertida.
"Os efeitos do
BDNF são potentes! Quando administrámos
BDNF nos circuitos de memória do cérebro,
estávamos a estimular directamente a
actividade e a prevenir a morte celular da doença subjacente." disse o Dr. Mark
Tuszynski, professor de
neurociências da Universidade da
Califórnia, San Diego, Escola de Medicina.
Os animais que estavam a receber o tratamento - modelos
trangénicos de ratos com a doença de
Alzheimer, ratos idosos, com lesões induzidas no
cortéx entorrinal, macacos
rhesus idosos e macacos com lesões no
cortéx entorrinal - também mostraram
benefícios a longo prazo. Eles começaram a produzir mais
BDNF por si próprios e a apresentarem mais sinais de desenvolvimento de células cerebrais e
função neuronal, enquanto que os animais não tratados degeneravam mais. O
hipocampo, o centro de processamento de memória a curto prazo, o qual é rapidamente degenerado pela doença de
Alzheirmer, também mostrou ter alguma recuperação.
A equipa, cujas descobertas forma publicadas no dia 8 de Fevereiro de 2009 na
Nature Medicine, conclui que, desde que o factor
BDNF apareceu, seguro e efectivo, nos animais modelos, poderá ser uma esperança para o tratamento da doença de
Alzheimer em humanos.
"Nesta série de estudos, nós mostrámos que o
BDNF ataca as próprias células corticais, prevenindo a sua morte, estimulando a sua função e improvisando a aprendizagem e a memória," disse
Tuszynski. " Deste modo, o
tratamento por
BDNF pode providenciar uma longa protecção por abrandar ou mesmo parar, a progressão da doença nas regiões corticais que recebem o tratamento."
Publicado dia 8 de Fevereiro na U.S. NewsNotícia original: http://health.usnews.com/articles/health/healthday/2009/02/08/brain-protein-may-have-potential-against-alzheimers.html